sábado, maio 17, 2008
Portugal, Portugal
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória
Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta
Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças
Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar
Jorge Palma
"Finalmente", foi premiado.
domingo, maio 04, 2008
Beijo Escondido
Entoas, no silêncio, um poema sem cessar
E persigo as palavras que soltas na calçada.
Desvendo, em cada sílaba, um segredo por revelar
E um beijo que lateja na boca coutada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas, ao vento, o tempo que sonhavas.
Sussurras, no silêncio, uma sóbria semibreve
E persigo o compasso que serena a madrugada.
Desvendo, em cada passo, um abraço puro e breve
E um beijo velado na mão vedada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas, ao vento, o tempo que sonhavas.
João Garcia Barreto
A canção pode ser escutada aqui.
E persigo as palavras que soltas na calçada.
Desvendo, em cada sílaba, um segredo por revelar
E um beijo que lateja na boca coutada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas, ao vento, o tempo que sonhavas.
Sussurras, no silêncio, uma sóbria semibreve
E persigo o compasso que serena a madrugada.
Desvendo, em cada passo, um abraço puro e breve
E um beijo velado na mão vedada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas, ao vento, o tempo que sonhavas.
João Garcia Barreto
A canção pode ser escutada aqui.
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