Ansiava-te, ao som de Abrunhosa,
Quando o carro abraçou o Porto
Que, sob a ponte, açulava o anelo
Que persistia no dia já morto.
Esperei-te na leda madrugada
Que vacilava no rio que dormia
E, todavia, devaneava na calçada
Sob a Lua que, no céu, se desentedia.
E a tez macia da cidade adormecida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto,
Sente, sempre, perto o regaço.
Despertei, ao timbre de Abrunhosa,
Quando a manhã, de novo, se abriu
Que, sob a neblina, espelhou a luz
Na cidade, onde faz sempre frio.
Saboreei-te no canapé do Majestic
E, depois, no barco para a Afurada,
Onde troquei o Porto pela viagem
Do eterno sonho na madrugada.
E a tez sublime da cidade já despida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto,
Sente, sempre, perto o regaço.
Texto de João Garcia Barreto
Fotografia de Cristina Neto
Quando o carro abraçou o Porto
Que, sob a ponte, açulava o anelo
Que persistia no dia já morto.
Esperei-te na leda madrugada
Que vacilava no rio que dormia
E, todavia, devaneava na calçada
Sob a Lua que, no céu, se desentedia.
E a tez macia da cidade adormecida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto,
Sente, sempre, perto o regaço.
Despertei, ao timbre de Abrunhosa,
Quando a manhã, de novo, se abriu
Que, sob a neblina, espelhou a luz
Na cidade, onde faz sempre frio.
Saboreei-te no canapé do Majestic
E, depois, no barco para a Afurada,
Onde troquei o Porto pela viagem
Do eterno sonho na madrugada.
E a tez sublime da cidade já despida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto,
Sente, sempre, perto o regaço.
Texto de João Garcia Barreto
Fotografia de Cristina Neto