Não sei dizer-te
se o que arde no pejo
é a frágua de ter-te
no mosto do beijo,
se a luz que tece
a silhueta do dia
é a mão que amanhece
sobre a pele macia.
Sei só dizer-te
que o corpo fermenta
a ânsia de ver-te
no que o tempo alenta.
Exala o cravo
do peito em ardor
e baila na dança
de um beijo em flor.
Não sei dizer-te
se já sei o enredo
do sonho de querer-te
sobre o chão sem medo,
se a tez carmesim
que contemplas agora
é o amor sem fim
na terna aurora.
Sei só dizer-te
que o corpo fermenta
a ânsia de ver-te
no que o tempo alenta.
Exala o cravo
do peito em ardor
e baila na dança
de um beijo em flor.
Texto de João Garcia Barreto
Tema registado no IGAC e realizado para peça "Carnaval Infernal", escrita por Carlos Correia e produzida pelo Teatro Passagem de Nível
sábado, junho 08, 2013
sábado, abril 20, 2013
A Fome dos Dias
O corpo desespera e sobrevive sem futuro,
o âmago lacera no chão que não é seguro
e o fel da Sida devora o resto da vida
de quem dorme no cadoz e suplica sem voz
na sorte perdida.
Solta-te
e vem,
Mata a fome dos dias.
Sente
e sacia
a dor das mãos vazias.
A alma exaspera e devasta-se na luz do dia,
a solidão impera em sonhos sem a cotovia,
o rosto do medo augura o fim do enredo
e o Mundo fenece na mão de quem pede perdão
e jaz no degredo.
Solta-te
e vem,
Mata a fome dos dias.
Sente
e sacia
a dor das mãos vazias.
Texto de João Garcia Barreto
Texto registado no IGAC e escrito para uma música composta por Ruben Alves
o âmago lacera no chão que não é seguro
e o fel da Sida devora o resto da vida
de quem dorme no cadoz e suplica sem voz
na sorte perdida.
Solta-te
e vem,
Mata a fome dos dias.
Sente
e sacia
a dor das mãos vazias.
A alma exaspera e devasta-se na luz do dia,
a solidão impera em sonhos sem a cotovia,
o rosto do medo augura o fim do enredo
e o Mundo fenece na mão de quem pede perdão
e jaz no degredo.
Solta-te
e vem,
Mata a fome dos dias.
Sente
e sacia
a dor das mãos vazias.
Texto de João Garcia Barreto
Texto registado no IGAC e escrito para uma música composta por Ruben Alves
sábado, fevereiro 09, 2013
Carrossel do que Sou
Meu Amor,
Bem-vinda ao carrossel da vida que se cria,
Onde serei o comparsa fiel em noites de utopia.
Sabes que sou uma fera acossada no país sisudo
Ou, talvez, a audácia de Guevara com mãos de veludo.
Juro que serei o astro inflamado no Mundo que devora
E, sempre, o café pingado na manhã que arvora.
E o fruto do ventre na alvorada
Sabes que sou o poeta vergado que sonega a solidão
Ou, talvez, o elixir almejado na cegueira da nação.
Serei a morfina desejada,
O querubim de capa e espada
E o fruto do ventre na alvorada
Texto de João Garcia Barreto
Bem-vinda ao carrossel da vida que se cria,
Onde serei o comparsa fiel em noites de utopia.
Sabes que sou uma fera acossada no país sisudo
Ou, talvez, a audácia de Guevara com mãos de veludo.
Meu Amor,
Não serei o puto mimado com medo do papão.
Sei que serei o Zorro amado e o terno D'Artacão.Não serei o puto mimado com medo do papão.
Juro que serei o astro inflamado no Mundo que devora
E, sempre, o café pingado na manhã que arvora.
Serei a morfina desejada,
O querubim de capa e espadaE o fruto do ventre na alvorada
E vem...
Bem-vinda ao carrossel do que sou.
Meu Amor,
Bem-vinda ao sonho da alma que vês na mão,
Onde serei o abraço do Palma na mais bela canção.Bem-vinda ao sonho da alma que vês na mão,
Sabes que sou o poeta vergado que sonega a solidão
Ou, talvez, o elixir almejado na cegueira da nação.
Serei a morfina desejada,
O querubim de capa e espada
E o fruto do ventre na alvorada
E vem...
Bem-vinda ao carrossel do que sou.Texto de João Garcia Barreto
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Caos no Deserto
Eis o eco da sociedade
No sabor amargo que, infelizmente, sentes.
No país das ilusões,
Há quem saiba deturpar os sonhos urgentes.
Eis a fútil verborreia
Da demagogia da política emproada
Que, no ciclo vicioso,
Zomba sempre na penúria de uma mão sem nada.
E a notícia cabal
E a riqueza no jornal
Da desilusão em Portugal.
Eis a dívida que pagas
De quem é culpado pela dor que predomina.
Na “off-shore” dos agiotas,
Jaz o vulgo na calçada e a escumalha pantomina.
Eis a crise da educação
Na ignorante nação que se corrói sem cessar.
Eis a vil plutocracia
Que matou o dia que a Liberdade soube legar.
Da desilusão em Portugal.
Texto de João Garcia Barreto
No sabor amargo que, infelizmente, sentes.
No país das ilusões,
Há quem saiba deturpar os sonhos urgentes.
Eis a fútil verborreia
Da demagogia da política emproada
Que, no ciclo vicioso,
Zomba sempre na penúria de uma mão sem nada.
E a notícia cabal
E a riqueza no jornal
Da desilusão em Portugal.
Caos no deserto que vês tão perto.
Destrói o muro que fustiga o futuro.Eis a dívida que pagas
De quem é culpado pela dor que predomina.
Na “off-shore” dos agiotas,
Jaz o vulgo na calçada e a escumalha pantomina.
Eis a crise da educação
Na ignorante nação que se corrói sem cessar.
Eis a vil plutocracia
Que matou o dia que a Liberdade soube legar.
E a notícia cabal
E a riqueza no jornalDa desilusão em Portugal.
Caos no deserto que vês tão perto.
Destrói o muro que fustiga o futuro.Texto de João Garcia Barreto
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Entre o Sonho e a Ilusão
Sou um sonho
premente no país das ilusões,
Onde reinam os papalvos e os intrujões.
Tu és o colírio que sente e sara as desilusões
De quem sofre rinites e convulsões.
Sou um lírio acossado no âmago da solidão,
Onde jazem fantasmas que zombam sem razão.
Tu és o cravo adorado no seio da revolução
E o perfeito antídoto do coração.
Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
O beijo é o fim da estrada
Entre o sonho e a ilusão.
Fui um parto sem dor da terna ventura
E sou um espaço em branco na luz que perdura.
Tu és o sopro de amor que saneia a loucura
E o ensejo na noite que dura.
Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
Texto de João Garcia Barreto
Onde reinam os papalvos e os intrujões.
Tu és o colírio que sente e sara as desilusões
De quem sofre rinites e convulsões.
Sou um lírio acossado no âmago da solidão,
Onde jazem fantasmas que zombam sem razão.
Tu és o cravo adorado no seio da revolução
E o perfeito antídoto do coração.
Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
O beijo é o fim da estrada
Entre o sonho e a ilusão.
Fui um parto sem dor da terna ventura
E sou um espaço em branco na luz que perdura.
Tu és o sopro de amor que saneia a loucura
E o ensejo na noite que dura.
Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
O beijo é o
fim da estrada
Entre o
sonho e a ilusão.Texto de João Garcia Barreto
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