Sei que desdenho o que é inútil
E a sabedoria de um lacrau fútil
Que esbanja demagogia
Nos dias de romaria.
Sei que desdenho o lugar,
Onde se perde tempo a escutar
As verborreias tão exíguas,
Ditas por mentes não ambíguas.
Sei que desdenho o consumismo
Que corrobora o materialismo
E toda a instância do Poder
Que transfigura o ser...
Isto é só o materialismo da história,
O eufemismo da memória.
Ai, Portugal,
Por onde me levas!
Texto de João Garcia Barreto