A noite adormeceu no crepúsculo da manhã,
Enquanto dormias, Princesa, no aconchego do divã,
Onde ousaste viajar sobre o segredo que o mar
Armazenou em mim.
Descobriste que o que viste, era o cimo de uma hera,
Que floria a saudade em tons de Primavera
E eternizava os dias no lugar onde viverias
A sonhar sempre assim…
Entrizaste-te, enfim, do aconchego do divã
E revelaste o que observaste, roendo uma maçã…
Estendeste a tua mão, senti a pulsação,
És parte de mim…
Revelei-te que o horizonte é um traço ecuménico,
Que o lugar onde vives é só um espaço cénico
E o mito que guardamos, é aquilo que sonhamos
Num mundo assim…
Em ti pousei, em ti repousei…
Eis o refúgio que desvendei…
Sei voar, sei flutuar,
Sou um anjo vivo no teu olhar.
Revelei-te que o horizonte é uma linha infinita,
Que o lugar onde vives, já ninguém acredita,
E os trilhos que seguirás, serão retalhos de paz
Dissipados aqui…
Soubeste-me perguntar onde guardava a magia,
Disse que não sabia sequer onde a escondia,
Pediste-me um beijo, realizei o desejo
Do teu ensejo sem fim…
Insurgiste-te no adeus com o teu jeito peculiar,
Disseste que um anjo sabe sempre regressar,
Beijaste a minha mão, sentiste a pulsação,
Sou parte de ti…
Disseste que esperavas com as duas mãos abertas,
Prometi que regressava nas noites incertas,
Peguei na poesia e na mais bela melodia
E parti assim…
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
sábado, setembro 24, 2005
quarta-feira, setembro 14, 2005
No Voo De Um Anjo
Da janela do quarto,
A tua fobia suspirava...
Esperavas pelo anjo,
Que tardava.
E dos jardins de Éden,
Irrompe num voo inaudito,
O anjo que aguardavas
No teu lugar interdito.
E no silêncio do quarto,
Só o teu esgar não negou
A Eternidade de um beijo
De quem ao momento se entregou.
E com o desvelo de um abraço
De um anjo eterno que voou,
Imunizaste no leito
O amor que, no quarto, deixou.
No voo de um anjo,
Onde flutuavas,
Desarvorou a dolência
Que tanto exorcizavas.
E no parapeito do postigo,
Lá se despediu
O teu anjo perene
Que só o teu olhar viu.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
A tua fobia suspirava...
Esperavas pelo anjo,
Que tardava.
E dos jardins de Éden,
Irrompe num voo inaudito,
O anjo que aguardavas
No teu lugar interdito.
E no silêncio do quarto,
Só o teu esgar não negou
A Eternidade de um beijo
De quem ao momento se entregou.
E com o desvelo de um abraço
De um anjo eterno que voou,
Imunizaste no leito
O amor que, no quarto, deixou.
No voo de um anjo,
Onde flutuavas,
Desarvorou a dolência
Que tanto exorcizavas.
E no parapeito do postigo,
Lá se despediu
O teu anjo perene
Que só o teu olhar viu.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
sábado, setembro 03, 2005
Beijo da Eternidade
Tudo o que vejo não é miragem,
Tudo o que desvendo na minha alma
Perdura na essência da imagem
Do Mar que nos acalma.
Tudo o que sinto na realidade,
O que armazeno na arca sincera ,
Transfigura a doce saudade
Numa rosa da Primavera.
Tudo o que em mim flameja,
Tudo o que em mim é fecundo,
É a Música que me beija
Numa lacuna do Mundo
Tudo o que perdura nas páginas da verdade,
Tudo o que existe e não tem fim,
Fortalece a doce saudade,
Beijo da Eternidade em mim.
E tudo o que vês não é submerso...
A imagem que observas é o regresso...
De novo, perto de mim,
Observas o Horizonte,
Se eu a ti retornei
Foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
Da fonte em que bebi,
O segredo que desvendei
Para repousar hoje, aqui.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
Tudo o que desvendo na minha alma
Perdura na essência da imagem
Do Mar que nos acalma.
Tudo o que sinto na realidade,
O que armazeno na arca sincera ,
Transfigura a doce saudade
Numa rosa da Primavera.
Tudo o que em mim flameja,
Tudo o que em mim é fecundo,
É a Música que me beija
Numa lacuna do Mundo
Tudo o que perdura nas páginas da verdade,
Tudo o que existe e não tem fim,
Fortalece a doce saudade,
Beijo da Eternidade em mim.
E tudo o que vês não é submerso...
A imagem que observas é o regresso...
De novo, perto de mim,
Observas o Horizonte,
Se eu a ti retornei
Foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
Da fonte em que bebi,
O segredo que desvendei
Para repousar hoje, aqui.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
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