Tudo o que vejo não é miragem,
Tudo o que desvendo na minha alma
Perdura na essência da imagem
Do Mar que nos acalma.
Tudo o que sinto na realidade,
O que armazeno na arca sincera ,
Transfigura a doce saudade
Numa rosa da Primavera.
Tudo o que em mim flameja,
Tudo o que em mim é fecundo,
É a Música que me beija
Numa lacuna do Mundo
Tudo o que perdura nas páginas da verdade,
Tudo o que existe e não tem fim,
Fortalece a doce saudade,
Beijo da Eternidade em mim.
E tudo o que vês não é submerso...
A imagem que observas é o regresso...
De novo, perto de mim,
Observas o Horizonte,
Se eu a ti retornei
Foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
Da fonte em que bebi,
O segredo que desvendei
Para repousar hoje, aqui.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
2 comentários:
É bom desvendar segredos. E criar segredos novos com as soluções dos primeiros.
É bom ter sempre um segredo por desvendar. Nem que ele seja o mundo inteiro.
Lindo poema. Abraço ***
Para quando a ilustração das tuas canções com imagens?
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