Dois olhares que se cruzam;
Dois sorrisos que despertam;
Dois corações que se intimidam;
Duas almas que se apertam;
Duas bocas no silêncio ancoradas;
Duas almas que vacilam sem razão;
Duas metades de Lua emaranhadas;
Dois anjos cintilantes na escuridão;
Duas mãos totalmente vazias;
Duas almas cobertas por um véu;
Duas vozes que cantam todos os dias;
Dois pombos paradisíacos, donos do Céu;
Dois corações que sibilam no escuro;
Duas almas vivas na pobreza do Mundo;
Dois corações que anseiam o mesmo futuro;
Duas almas que se saciam num beijo profundo;
Um momento que amanhece
Numa palavra por dizer...
Um regaço que nos aquece
Um coração a tremer...
Uma mão estendida
De um vagabundo à espera
De um beijo ao adormecer
De uma dama da Primavera...
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
2 comentários:
João, tens um jeito especial para a escrita. Uma forma especial de colocar no papel o que te vai na alma.
Os melhores cumprimentos
Um abraço,
Sempre atento... e quando posso, passo por aqui.
Pedro Barros.
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