Desvendei-te nos montes que percorri,
Onde entoava o som eterno da poesia.
Entrizavas-te nas montanhas
De braços estendidos, desafiando a invernia.
Quanto te avistei nas avenidas desertas
Que percorria num sopro nevado,
Logo se fulgiu numa cálida melodia,
A magia que transporto para todo o lado.
E quando te pressenti nas lacunas da cidade,
Desemboquei num grito desenfreado,
Invertendo a efémera melancolia
No alento de um anjo emancipado.
Desvendei-te nas miragens do deserto,
Onde soavam acordes distorcidos,
Descolei da prisão do ignóbil medo,
Que, de mim, transbordava e melindrava os sentidos.
João Garcia Barreto
Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores
2 comentários:
Olá João!
Espero que transportes sempre essa magia para todo o lado.
Que tenhas um ano cheio de conretizações.
Cumprimentos
Pedro Barros
Falaste em "sopro" e eu tive que vir soprar neste espaço que há já algum tempo não visitava...
....
João,continua a embelezar-nos os dias com a tua poesia, que de tão colorida que é,consegue pincelar de cores o nosso olhar :)
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