Um refúgio não é só um oráculo, onde se pode consultar os anjos… Pode ser um momento, onde figuras melódicas espraiadas em compassos simples ou compostos se coadunam com expressões poéticas oriundas de grifos endógenos ou um livro, onde bailam heróis digladiadores e perecem monstros abomináveis. Talvez seja um lugar, onde se realizam ledas tertúlias ou um pedaço de papel, onde se liberta um poema, uma sóbria lacuna no Mundo ou um espaço real, onde a areia e o mar se enamoram.
A esfinge do “Refúgio” laconiza-se na coesão entre o Realismo e o Surrealismo, na qual a quimera é um ensombro de quem sobrevive numa realidade soturna. Em suma, “Refúgio” é todo o momento indelével com formato de canção que pretendo exalar de mim…