Se alguma vez te parecer
Ouvir coisas sem sentido
Não ligues, sou eu a dizer
Que quero ficar contigo
E, apenas, obedeço
Com as artes que conheço
Ao princípio activo
Que rege desde o começo
E mantém o mundo vivo
Se alguma vez me vires fazer
Figuras teatrais
Dignas de um palhaço pobre
Sou eu a dançar a mais nobre
Das danças nupciais
Vê minhas plumas cardeais
Em todo o seu esplendor
Sou eu, sou eu, nem mais
A suplicar o teu amor.
É a dança mais pungente
Mão atrás e outra à frente
Valsa de um homem carente,
Mão atrás e outra à frente
Valsa de um homem carente
Carlos Tê
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