As horas desvaneciam na noite transacta, quando trocávamos palavras entorpecidas em nós. Anseava a frescura das tuas mãos sobre a minha tez, enquanto devorava o silêncio por te respirar assim…
E, hoje, pressinto o teu perfume entranhado nas ruas por onde calcorreio devagar e trago o teu olhar tatuado no rosto. Serás um sonho ou a realidade que me quer oscular? Ou serás simplesmente o ensejo que me quer abraçar?
Penso-te e esbanjo sorrisos por seres a mais sublime canção em mim e, não me leves a mal, mas o que tenho para te legar é um âmago de quem te sobrevoa em todo o lugar…
João Garcia Barreto
terça-feira, março 27, 2007
sábado, março 24, 2007
O Que Faz Falta
Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta
Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta
O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta
Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta
José Afonso
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta
Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta
O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta
Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta
José Afonso
domingo, março 18, 2007
Beijo Escondido
Entoas no silêncio um poema sem cessar
E persigo as palavras que soltas na calçada.
Desvendo em cada sílaba um segredo por revelar
E um beijo que lateja na boca coutada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...
Sussurras no silêncio uma sóbria semibreve
E persigo o compasso que serena a madrugada.
Desvendo em cada passo um abraço puro e breve
E um beijo velado na mão vedada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...
João Garcia Barreto
E persigo as palavras que soltas na calçada.
Desvendo em cada sílaba um segredo por revelar
E um beijo que lateja na boca coutada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...
Sussurras no silêncio uma sóbria semibreve
E persigo o compasso que serena a madrugada.
Desvendo em cada passo um abraço puro e breve
E um beijo velado na mão vedada.
Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...
João Garcia Barreto
sexta-feira, março 02, 2007
Suspiro do Tempo
Peço-te uma noite só, aqui,
Onde tudo o que vês é metade de mim...
Quero-te numa noite só, assim,
Onde serei sempre parte de ti...
Beijas-me na doce loucura
Que as mãos ocultam por entre os dedos,
Benvinda, se quiseres partir na aventura
E na candura dos gestos ledos...
Eis, a tua canção na terna ausência,
O suspiro do tempo na profunda inocência...
João Garcia Barreto
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