O vento sopra de ti
À minha janela,
Despistando rumores
E sempre a tua presença
Nesta lua secreta,
Sem cupido nem seta
Quando à tua nascença,
Choraste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.
Como se o silêncio
Que repousa nas casas
Fosse apenas uma pausa
E sempre a tua presença
Nesta lua secreta,
Sem cupido nem seta
Quando à tua nascença,
Choraste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.
Pelos teus olhos, eu visse
A tua alma e os despisses
Ao curar a minha dor
Neste rumo sem rota
Ninguém sabe de si
E, no fundo, sem crença,
Ninguém nota a diferença
E tu acreditaste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.
Texto de João Gil
Fotografia de João Garcia Barreto
2 comentários:
Olha Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia
Despencar do céu
E se os pagantes exigirem biz
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
(Edu Lobo / Chico Buarque)
Bom poema!
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
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