Imagina um homem como eu...
Não eu!
Um homem como eu, magro e grisalho...
Desses que até um véu dá de agasalho.
Não eu... mas um homem como eu
Que ama a fragilidade da lua e a tristeza das flores,
De todas as flores por causa tua
Podes tentar...
Imagina um homem como eu...
Não eu! Que ama com as mãos e com a voz
E, meu Deus, como são as tuas mãos...
São as mãos que todos nós – os homens como eu
Beijamos só de olhar,
Olhamos só de amar...
As mãos da mulher amada
São de ficar de mão dada, comendo um gelado,
Olhando o céu dos pardais...
Não eu! Que sou dos tais tão difíceis de gostar,
Mas um homem como eu
Feito só de imaginar.
Imagina um homem como eu...
Não eu!
Mas um homem que de seu
Tem o medo inicial
Da corrida das crianças
E o vermelho facial
Das primeiras danças a dois,
Quando sorris...
Mas que, depois, se deixa sempre levar
Por tudo o que tu lhe dás.
Vá, diz! Amar um homem como eu,
Eras capaz?
João Monge
3 comentários:
eu acho que era...
bjinho*
Sofia.
imagina um mundo de estrelas
imagina um mundo de luz
imagina que a tua brilhava mais
do que todas as outras
imagina que já fomos um
imagina que eramos o tempo
onde o tempo não conta
eras capaz...???
Sem dúvida...
CN
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