Ansiava-te, ao som de Abrunhosa,
Quando o carro abraçou o Porto
Que, sob a ponte, açulava o anelo
Que persistia no dia já morto.
Esperei-te na leda madrugada
Que vacilava sobre o rio que dormia
E, todavia, devaneava na calçada
Sob a Lua que, no céu, se desentedia.
E a tez macia da cidade adormecida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto
Sente, sempre, perto o regaço.
Despertei, ao timbre de Abrunhosa,
Quando a manhã, de novo, se abriu
Que, sob a neblina, espelhou a luz
Na cidade, onde faz sempre frio.
Saboreei-te no canapé do Majestic
E, depois, no Barco para a Afurada,
Onde troquei o Porto pela viagem
Do eterno sonho na madrugada.
E a tez sublime da cidade já despida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto
Sente, sempre, perto o regaço.
Texto e Fotografia de João Garcia Barreto
Quando o carro abraçou o Porto
Que, sob a ponte, açulava o anelo
Que persistia no dia já morto.
Esperei-te na leda madrugada
Que vacilava sobre o rio que dormia
E, todavia, devaneava na calçada
Sob a Lua que, no céu, se desentedia.
E a tez macia da cidade adormecida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto
Sente, sempre, perto o regaço.
Despertei, ao timbre de Abrunhosa,
Quando a manhã, de novo, se abriu
Que, sob a neblina, espelhou a luz
Na cidade, onde faz sempre frio.
Saboreei-te no canapé do Majestic
E, depois, no Barco para a Afurada,
Onde troquei o Porto pela viagem
Do eterno sonho na madrugada.
E a tez sublime da cidade já despida...
E os esteiros de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quando se ama o Porto,
Dilata-se, na noite, o espaço
E quem anseia um beijo absorto
Sente, sempre, perto o regaço.
Texto e Fotografia de João Garcia Barreto
6 comentários:
Quando se sente o Porto... mágico!
Parabéns! (mais uma vez)
Beijinhos
Joana
:-) bonito.
"Afinal, o Porto para verdadeiramente honrar o nome que tem , é primeiro que tudo, este largo regaço para o rio, mas que só do rio se vê ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajantedebruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é a Ribeira."
José Saramago
Belíssimo! Há prosas que nao devem ser comentadas sob pena de se lhe estragar a beleza. É o caso. Parabéns!
Abraço
Espetacular : )
Cidade de eleiçao, o grande Abrunhosa e uma grande mestria na tua escrita.
Tem um optimo fim de semana*
Passo para deixar os votos interiores de um Natal com Paz, independentemente da concepção que se tenha dele.
Com amizade
Lobinho
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