
Hoje, sou dono do Céu
Sem o querer ultrajar.
Voo como um pássaro na contraluz,
Insistindo em te procurar...
Imagino os teus gestos
Sitos nas partituras em que os descrevo,
Indagando no canto da noite
O silêncio incólume que, aqui, escrevo...
Rejuvenesce-me o sorriso
Embalado pelo anoitecer...
Abre-se o Horizonte!
Fecha-se a mão ao adormecer...
Foram dois anjos que se cruzaram
Num momento omnipotente,
Onde se desfez a solidão
Num beijo ardente...
João Garcia Barreto

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