Insurge-se o ensejo, no silêncio do tempo
E a mão aberta que se quer fechar,
Enquanto dançamos na avenida
Antes da manhã regressar...
Desvendo o desejo que se oculta em ti
Na solidão das palavras que recitas
E prendo-me nas teias dos sorrisos
Que, na avenida, dissipas.
E a noite evanesce...
E o tempo permanece em mim...
E se a Lua adormecer,
Sei que me beijas ao amanhecer...
E se o Sol despertar,
Sei que a mão se vai fechar...
Sibila na avenida o doce desejo,
Que se oculta no sopro do vento
E persigo as palavras que soltas
No ledo balanço do momento.
João Garcia Barreto
2 comentários:
Adorei o poema! O blog é muito interessante volto por certo.
Um homem que conhece o amor!
É raro ver e ler isso. Parabens!
Muito bonita esta parte:
"E se a Lua adormecer,
Sei que me beijas ao amanhecer..."
Fico contente, transmites esperança!
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