Meu Bem,
nada a não ser o tempo
que se esvai com o vento
anuncia o fim da estrada.
Basta viver o que somos
e abarcar o que sempre fomos
quando juntos pensamos em nada.
Tu sabes,
o poema que fomos outrora
e a canção que somos agora
são a luz que permanece
na quimera do nosso olhar
que reluz em qualquer lugar,
onde tudo ou nada se esvanece
e eu sei que a vida se faz com vagar
que o tempo vem e não sabe esperar
e tudo o que temos
é o que não vamos largar
por quem fomos,
sempre somos
e seremos a vaguear.
nada a não ser o tempo
que se esvai com o vento
anuncia o fim da estrada.
Basta viver o que somos
e abarcar o que sempre fomos
quando juntos pensamos em nada.
Tu sabes,
o poema que fomos outrora
e a canção que somos agora
são a luz que permanece
na quimera do nosso olhar
que reluz em qualquer lugar,
onde tudo ou nada se esvanece
e eu sei que a vida se faz com vagar
que o tempo vem e não sabe esperar
e tudo o que temos
é o que não vamos largar
por quem fomos,
sempre somos
e seremos a vaguear.
Meu Bem,
o corpo que não te nego
e o instante que, hoje, te lego
são a certeza de que a ilusão
é assaz difícil de calcular,
como se fosse possível determinar
o valor do que lateja no coração!
Tu sabes
que sou um estranho fado
de Cohen não saciado
com mil canções por forjar
ou um Renoir impressionado
de semblante aluado
com a tua silhueta por matizar
e eu sei que a vida se faz com vagar
que o tempo vem e não sabe esperar
e tudo o que temos
é o que não vamos largar
por quem fomos,
sempre somos
e seremos a vaguear.
@João Garcia Barreto
Aos Meus Pais e ao casal José Covas e Nuno Pombal
Poema registado no IGAC
Autor representado pela Sociedade Portuguesa de Autores
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