Eis um artista repleto de histórias para contar, em formato de canção, na ténue sociedade que se perde no absentismo de ideais da actual conjuntura e na plutocracia que reina no consílio político, onde é preciso "Fazer o que, ainda, não foi feito". Com as "Viagens" que fez, o "Tempo" que viveu, o "Silêncio" que reproduziu, o "Momento" que compôs e o "Palco" que sonhou, espelhou a "Luz" do estro que possui. Hoje, cria uma ruptura e parte para "Longe", no intuito de encontrar, de novo, o "Capitão da Areia". "Longe" é, decerto, um álbum indispensável na sociedade portuguesa, o que se comprova no seguinte grito premente:
A porta fechou-se contigo,
Levaste, na noite, o meu chão,
E, agora, neste quarto vazio,
Não sei que outras sombras virão
E alguém, ao longe, me diz...
Há um perfume que ficou na escada,
E, na TV, o teu canal está aberto,
Desenhos de corpos na cama fechada,
São um mapa de um passado deserto.
Eu sei que houve um tempo
Em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos,
Voámos pelas ruas
Que fizemos céu,
Somos a pele um do outro.
Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim,
A noite ainda demora.
Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto,
A luz da manhã,
O teu corpo por dentro,
E a pele na pele de quem se quer tanto.
Não tenho mais segredos,
Escondi-me nos teus dedos,
Somos metades iguais.
Mas hoje,
Só hoje,
Leva-me para onde vais
Que eu quero é dizer-te:
"Não desistas de mim,
Não te percas agora,
Não desistas de mim,
A noite ainda demora".
Texto de Pedro Abrunhosa
Um abraço, Pedro...
quarta-feira, julho 21, 2010
segunda-feira, julho 12, 2010
Esquissos
Numa folha em branco,
Matizo o sorriso que improvisas no jardim
E pinto a silhueta dos gestos das mãos brandas
E dos lábios frios que pousas em mim...
Numa folha em branco,
Realço o sexto sentido que, aqui, reconheces
E rasuro o tempo que lateja nas mãos abertas
Que revelam aquilo que só tu conheces.
E, na noite, desenho o Mundo
Que forjámos num beijo profundo...
E, na noite, matizo o perene amor assim...
Esquissos de ti...
Texto de João Garcia Barreto
Matizo o sorriso que improvisas no jardim
E pinto a silhueta dos gestos das mãos brandas
E dos lábios frios que pousas em mim...
Numa folha em branco,
Realço o sexto sentido que, aqui, reconheces
E rasuro o tempo que lateja nas mãos abertas
Que revelam aquilo que só tu conheces.
E, na noite, desenho o Mundo
Que forjámos num beijo profundo...
E, na noite, matizo o perene amor assim...
Esquissos de ti...
Texto de João Garcia Barreto
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