segunda-feira, julho 11, 2011

Unida ao Corpo Só

Perdes o pejo
Na aventura que vês em mim
E abraças o fogo
Da loucura do peito carmesim.
Bebes o ensejo no instante fecundo,
Sulcas a paixão no regaço do Mundo.
Vem… Sacia a sede que se insurge
Na voz que modula a liberdade que urge.

E salvas, enfim, a amarga nação
No viço de um beijo, em pleno Verão.

Unida ao corpo só,
Dança no tempo, aqui
E desata o nó da ilusão em ti.

Despes a alma
Que se entrega no leito quente
E sentes a sombra
Que não nega a noite premente.
Segues a silhueta no pez da estrada…
Eis a revolução na terna madrugada.
Vem… Afaga a mão que resiste
Na tez que espelha a luz que persiste.

E salvas, enfim, a amarga nação
No viço de um beijo, em pleno Verão.

Unida ao corpo só,
Dança no tempo, aqui
E desata o nó da ilusão em ti.

Matas a dor no alento,
Amas o céu no vento
Sobre o chão alado do silêncio.

Unida ao corpo só,
Dança no tempo, aqui
E desata o nó da ilusão em ti.

Texto de João Garcia Barreto


Canção Registada no IGAC