sábado, fevereiro 09, 2013

Carrossel do que Sou

Meu Amor,
Bem-vinda ao carrossel da vida que se cria,
Onde serei o comparsa fiel em noites de utopia.
Sabes que sou uma fera acossada no país sisudo
Ou, talvez, a audácia de Guevara com mãos de veludo.

Meu Amor,
Não serei o puto mimado com medo do papão.
Sei que serei o Zorro amado e o terno D'Artacão.
Juro que serei o astro inflamado no Mundo que devora
E, sempre, o café pingado na manhã que arvora.

Serei a morfina desejada,
O querubim de capa e espada
E o fruto do ventre na alvorada

E vem...
Bem-vinda ao carrossel do que sou.

Meu Amor,
Bem-vinda ao sonho da alma que vês na mão,
Onde serei o abraço do Palma na mais bela canção.
Sabes que sou o poeta vergado que sonega a solidão
Ou, talvez, o elixir almejado na cegueira da nação.

Serei a morfina desejada,
O querubim de capa e espada
E o fruto do ventre na alvorada

E vem...
Bem-vinda ao carrossel do que sou.

Texto de João Garcia Barreto