A Lua balança na contradança da solidão
E a paz aflora na bela hora do fogo são.
Vem… Desfaz a dor na candura,
Arvora os braços, degusta o tempo que perdura…
E, sobre o chão da loucura,
Matiza o céu na noite pura…
E abre o regaço do ledo corpo na paixão,
Dança no espaço e sacia a sede do coração.
O brio desbrava na chama brava da vontade
E a luz tatua, na alma nua, a liberdade.
Vem… Afaga a tez na ventura,
Desata o peito, pressente o amor que murmura…
E, sobre o chão da loucura,
Ilumina o céu na noite pura…
E abre o regaço do ledo corpo na paixão,
Dança no espaço e sacia a sede do coração.
E o pudor sem vez, velado no pez
Morre na languidez que o beijo desfez…
E, sobre o chão da loucura,
Ilumina o céu na noite pura…
E abre o regaço do ledo corpo na paixão,
Dança no espaço e sacia a sede do coração.
Texto de João Garcia Barreto