quarta-feira, janeiro 30, 2013

Caos no Deserto

Eis o eco da sociedade
No sabor amargo que, infelizmente, sentes.
No país das ilusões,
Há quem saiba deturpar os sonhos urgentes.
Eis a fútil verborreia
Da demagogia da política emproada
Que, no ciclo vicioso,
Zomba sempre na penúria de uma mão sem nada.

E a notícia cabal
E a riqueza no jornal
Da desilusão em Portugal.

Caos no deserto que vês tão perto.
Destrói o muro que fustiga o futuro.

Eis a dívida que pagas
De quem é culpado pela dor que predomina.
Na “off-shore” dos agiotas,
Jaz o vulgo na calçada e a escumalha pantomina.
Eis a crise da educação
Na ignorante nação que se corrói sem cessar.
Eis a vil plutocracia
Que matou o dia que a Liberdade soube legar.

E a notícia cabal
E a riqueza no jornal
Da desilusão em Portugal.

Caos no deserto que vês tão perto.
Destrói o muro que fustiga o futuro.

Texto de João Garcia Barreto

segunda-feira, janeiro 21, 2013

Entre o Sonho e a Ilusão

Sou um sonho premente no país das ilusões,
Onde reinam os papalvos e os intrujões.
Tu és o colírio que sente e sara as desilusões
De quem sofre rinites e convulsões.

Sou um lírio acossado no âmago da solidão,
Onde jazem fantasmas que zombam sem razão.
Tu és o cravo adorado no seio da revolução
E o perfeito antídoto do coração.

Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
O beijo é o fim da estrada
Entre o sonho e a ilusão.

Fui um parto sem dor da terna ventura
E sou um espaço em branco na luz que perdura.
Tu és o sopro de amor que saneia a loucura
E o ensejo na noite que dura.

Companheira da Madrugada,
Lê a sina na mão.
O beijo é o fim da estrada
Entre o sonho e a ilusão.

Texto de João Garcia Barreto