sexta-feira, junho 19, 2020

Entre o Sonho e a Ilusão

Sou um sonho premente no país das ilusões,
onde reinam os papalvos e os intrujões.
Tu és o colírio que sara e sente as desilusões
de quem sofre de rinite e de convulsões.

Sou um lírio acossado no âmago da solidão,
onde jazem fantasmas que zombam sem razão.
Tu és o verso adorado do mais belo refrão
que o Boss soube escrever em canção.

Vem, Minha Amada,
lê a sina na mão,
o beijo é o fim da estrada
entre o sonho e a ilusão.

Fui um parto sem dor na terna ventura
e sou um espaço em branco do tempo que dura.
Tu és o sopro de amor que saneia a loucura
de quem vê na tua luz a sua cura.

Vem, Minha Amada,
lê a sina na mão,
o beijo é o fim da estrada
entre o sonho e a ilusão.


@João Garcia Barreto

Poema registado no IGAC
Autor representado pela Sociedade Portuguesa de Autores

www.joaogarciabarreto.pt