segunda-feira, agosto 15, 2005

A ti, Vasco

O nosso tempo pueril teve bons e maus momentos, mas sempre fomos crianças inseparáveis nas brincadeiras. Recordas-te das carrinhas, dos comboios, das casas que arquitectávamos com as inúmeras peças de Lego armazenadas num grande caixote e das histórias que inventávamos, onde englobávamos as nossas novas construções? E dos jogos de futebol com os bonecos? Eram campeonatos sem fim...
Hoje, mantemo-nos inseparáveis, enquanto o tempo evanesce... Partilhamos alguns segredos, canções que amamos, enredos de filmes e de livros, poemas e, sobretudo, momentos que nos corroboram. E, como podes constatar, não é só o sangue que nos coaduna...
Aprendo imenso com a imensurabilidade do teu ser. Admiro o pragmatismo que utilizas como solução dos problemas que enfrentas, o que me permite evadir à promiscuidade latente em mim. No entanto, ambos somos rebeldes... Pugnamos por uma sociedade que diverge daquela que vivemos. E, talvez exista uma explicação para a nossa rebeldia... Perfilhados por dois anjos mundanos com a alma perene de Gedeão, sempre considerámos como lema que " o sonho comanda a vida."

A ti, Vasco

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