quarta-feira, maio 24, 2006

Texto Solto

Não se consegue entender o ensejo que a vida teima em legar-nos no mundo sorumbático que sobrevivemos e a verdade que, nele, se revela de uma forma inusitada. Encontrei-te num momento cotio como se apanha sempre o metropolitano para Entrecampos nas horas de ponta e, logo, vislumbrei-me com o horizonte espraiado nos teus olhos sinceros. Endogenamente, esconjuravas-me no silêncio, onde me consideravas mais um imbecil no seio de um país inútil… Só era mais um…
Encorajei-me, depois, no envio de uma mensagem por correio electrónico e o âmago já suspirava por uma resposta que não chegava. Com as novas tecnologias de informação e de comunicação, reencontrámo-nos, onde divulgaste a resposta que a caixa de mensagens do meu endereço electrónico tinha rejeitado… Até as máquinas forjadas pelo Homem pregam partidas…
Combinámos um encontro num espaço divino de Lisboa, onde calcorreámos junto ao rio. Bebíamos as palavras que ambos dizíamos na sinceridade do momento, saciando a sede que as bocas coutadas manifestavam no silêncio, até que a noite terminou num beijo demorado…
E abriu-se o Horizonte na leda madrugada, o que, hoje, corrobora o espírito de gladiador entranhado em mim. Estou na estrada e parto ao alcance de um objectivo - o sonho vital…Pois é... Em qualquer auto-estrada não se pode fazer inversão de sentido de marcha…

João Garcia Barreto

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