domingo, agosto 19, 2007

Que Nunca Caiam As Pontes Entre Nós




Eu tenho o tempo,
Tu tens o chão,
Tens as palavras
Entre a luz e a escuridão.
Eu tenho a noite,
E tu tens a dor,
Tens o silêncio
Que por dentro sei de cor.

E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós.

Eu tenho o medo,
Tu tens a paz,
Tens a loucura que a manhã ainda te traz.
Eu tenho a terra,
Tu tens as mãos,
Tens o desejo que bata em nós um coração.

E eu, e tu,
Perdidos e sós,
Amantes distantes,
Que nunca caiam as pontes entre nós.

Pedro Abrunhosa

Fotografia de Vasco Barreto

3 comentários:

delusions disse...

Adoro essa música... O CD está fantástico...

Bjs*

CLÁUDIA disse...

Só para deixar um beijinho. ***

Unknown disse...

era noite...tinha 15 anos quando avistei uma ponte...uma ponte que me atraía...foi com a luz do Sol que na manhã seguinte voltei...e naquela inocência de quem pensava nada saber daquela cidade...descobri o que a noite não mostrou...a Ponte Vecchia...por momentos senti-me em casa, Firenze era a minha casa, tudo me era familiar...nunca mais voltei...à minha ponte...voltarei um dia...no dia em que voltar aos meus poemas...no dia em que voltar a ser feliz...

Juju