sábado, março 08, 2008
Manhã
Manhã, que em ti encerra
Este mar que não se altera,
Este vento na galera
Que teima em ti pousar.
Madrugada, de repente
Sou pássaro sou gente,
Tão distante e nunca ausente
E teimo em ti pousar.
Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Teu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar.
Barco que torna ao porto
No teu corpo eu me aporto,
Aí fico e me recordo
E teimo em ti pousar.
Neblina, despertada
Tão leve quanto a espada,
Que se bate por tudo e nada
E teima em ti pousar.
Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Teu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar.
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Meu leito é o teu regaço
Eu quero assim ficar.
Pedro Abrunhosa
Fotografia de Vanessa Pelerigo
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2 comentários:
O meu regaço estará sempre aqui para nele pousares....
De mim para ti (... ..)
O meu regaço estará sempre aqui para nele pousares....
De mim para ti (... ..)
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