terça-feira, novembro 02, 2010

Eufemismo da Memória

Sei que desdenho o que é inútil
E a sabedoria de um lacrau fútil
Que esbanja demagogia
Nos dias de romaria.
Sei que desdenho o lugar,
Onde se perde tempo a escutar
As verborreias tão exíguas
Ditas por mentes não ambíguas...

Sei que desdenho o consumismo,
Que corrobora o materialismo
E toda a instância do poder
Que transfigura o ser...

Isto é só o materialismo da história,
O eufemismo da memória...

Texto de João Garcia Barreto

Às vezes, é necessário, de uma forma simples, poética e directa, manifestar o desgosto de (sobre)viver num Estado iníquo e plutocrata... O que podemos, assim, legar às crianças de Hoje ou aos jovens e adultos de Amanhã?

Ao meu pai ("Vai Dar Tudo Ao Mesmo").
Por um país melhor...

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