quarta-feira, junho 11, 2014

Beijo da Eternidade

Tudo o que vejo não é miragem,
tudo o que desvendo na alma
perdura na essência da imagem
do mar que acalma.
Tudo o que sinto na realidade,
o que armazeno na arca sincera,
transfigura a doce saudade
numa rosa da Primavera.
Tudo o que em mim flameja,
tudo o que em mim é fecundo,
é a Música que me beija
numa lacuna do Mundo.
Tudo perdura nas páginas da verdade.
Tudo o que existe e não tem fim,
fortalece a doce saudade,
beijo da Eternidade em mim.

e tudo o que vês não é submerso,

a imagem que observas é o regresso.

De novo, perto de mim,
observas o Horizonte,
se eu, a ti, retornei
foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
da fonte em que bebi
o segredo que desvendei
para repousar, hoje, aqui.


Texto de João Garcia Barreto

Canção escrita em 2003 

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