quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Alma Perene

Desvendei-te nos montes que percorri,
Onde entoava o som eterno da poesia.
Entrizavas-te nas montanhas
De braços estendidos, desafiando a invernia.

Quanto te avistei nas avenidas desertas
Que percorria num sopro nevado,
Logo se fulgiu numa cálida melodia,
A magia que transporto para todo o lado.

E quando te presenti nas lacunas da cidade,
Desemboquei num grito desenfreado,
Invertendo a efémera melancolia
No alento de um anjo emancipado.

Desvendei-te nas miragens infinitas do deserto,
Onde soavam guitarras em acordes distorcidos,
Descolei donde me prendia o medo,
Que de mim transbordava e melindrava os sentidos

João Garcia Barreto

1 comentário:

sombra_arredia disse...

É sempre a procura perene de alguém que se ama que nos faz caminhar em linha recta por entre os ângulos da vida.

Gostei mt deste poema.Mt mesmo :)*