quarta-feira, outubro 05, 2005

Fecha-se a mão ao adormecer

Hoje, sou dono do Céu
Sem o querer ultrajar.
Voo como um pássaro na contraluz,
Insistindo em te procurar.

Imagino os teus gestos
Sitos nas partituras em que os descrevo,
Indagando no canto da noite
O silêncio incólume que aqui escrevo.

Rejuvenesce-me o sorriso
Embalado pelo anoitecer.
Abre-se o horizonte!
Fecha-se a mão ao adormecer.
Foram dois anjos que se cruzaram
Num momento omnipotente,
Onde se desfez a solidão
Num beijo ardente.

João Garcia Barreto

À tua poesia que partilhas comigo, Vanessa Pelerigo...

Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores

1 comentário:

Folha|em|Branco disse...

Há sempre naquilo que escreves algo de familiar...

folha