sexta-feira, outubro 14, 2005

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

Mário de Sá Carneiro

1 comentário:

CLÁUDIA disse...

Podem ser tantas e tão diferentes as formas de se encarar o fim... De se tentar lidar com ele.

Mário de Sá Carneiro: grande senhor.

Beijo e bom fim de semana ***