sábado, agosto 05, 2006

Deixar-te como se amar-te ou querer-te fosse somente liberdade

Mata-me com um só beijo
E afaga o meu corpo até à exaustão
Da pele e do teu toque sobre mim...

Queima as palavras e os espaços
Em branco e cala o passado
Nesse gesto ou noutro qualquer

Não importa sequer
O que de mim faças
Se nos teus dedos
Há, ainda, tanto amor
E desejo por acontecer.

Fala-me do que sentes
Quando não estou;
Dessa dor que te rasga por dentro,
Dos quilómetros de estrada sem regresso,
Das tantas madrugadas,
Onde o verso é, apenas, o que sou.

Diz que és meu
Mesmo que não sejas de ninguém
- Todo meu -
Mente-me só mais um pouco

Os olhos
Os braços
O traço
O peito
A pele
O regaço
O leito
As pernas
Os lábios
Tudo o mais

- Todo tão meu -

Ter que partir,
Sem saber,
Se algum dia
É o retorno.
Esperar vagamente nas calhas da verdade
Como quem nunca chega
Desse lugar tão longe
Que é a saudade.

Vanessa Pelerigo

Um beijo, Vanessa

3 comentários:

Anónimo disse...

muito, muito bonito :)

cristina disse...

Vanessa?
Onde posso encontrar mais textos teus???

Garcia disse...

Cristina, poderás encontrar mais textos da Vanessa em:

http://www.apneias.blogspot.com