quarta-feira, agosto 09, 2006

Doce Ensejo

Insurge-se o ensejo, no silêncio do tempo
E a mão aberta que se quer fechar,
Enquanto dançamos na avenida
Antes da manhã regressar...
Desvendo o desejo que se oculta em ti
Na solidão das palavras que recitas
E prendo-me nas teias dos sorrisos
Que, na avenida, dissipas.

E a noite evanesce...
E o tempo permanece em mim...

E se a Lua adormecer,
Sei que me beijas ao amanhecer...
E se o Sol despertar,
Sei que a mão se vai fechar...

Sibila na avenida o doce desejo,
Que se oculta no sopro do vento
E persigo as palavras que soltas
No ledo balanço do momento.


João Garcia Barreto

2 comentários:

delusions disse...

Adorei o poema! O blog é muito interessante volto por certo.

cristina disse...

Um homem que conhece o amor!
É raro ver e ler isso. Parabens!
Muito bonita esta parte:
"E se a Lua adormecer,
Sei que me beijas ao amanhecer..."
Fico contente, transmites esperança!