domingo, março 18, 2007

Beijo Escondido

Entoas no silêncio um poema sem cessar
E persigo as palavras que soltas na calçada.
Desvendo em cada sílaba um segredo por revelar
E um beijo que lateja na boca coutada.

Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...

Sussurras no silêncio uma sóbria semibreve
E persigo o compasso que serena a madrugada.
Desvendo em cada passo um abraço puro e breve
E um beijo velado na mão vedada.

Sim, eras tu que, sem saber, me beijavas
E entregavas ao vento o tempo que sonhavas...


João Garcia Barreto

1 comentário:

moonlover disse...

Que lindo!
cheguei aqui por um comentario que deixaste no Pedro Abrunhosa e vou passar cá mais vezes;)
parabens,
um beijo,
bety