terça-feira, maio 29, 2007

Beijo da Eternidade

Tudo o que vejo não é miragem,
Tudo o que desvendo na minha alma
Perdura na essência da imagem
Do Mar que nos acalma.
Tudo o que sinto na realidade,
O que armazeno na arca sincera,
Transfigura a doce saudade
Numa rosa da Primavera.
Tudo o que em mim flameja,
Tudo o que em mim é fecundo,
É a Música que me beija
Numa lacuna do Mundo
Tudo o que perdura nas páginas da verdade,
Tudo o que existe e não tem fim,
Fortalece a doce saudade,
Beijo da Eternidade em mim.

E tudo o que vês não é submerso...
A imagem que observas é o regresso...

De novo, perto de mim,
Observas o Horizonte,
Se eu a ti retornei
Foi da água que bebi na fonte.
Estava escrito nas lajes
Da fonte em que bebi,
O segredo que desvendei
Para repousar hoje, aqui.


João Garcia Barreto

2 comentários:

delusions disse...

"Tudo o que perdura nas páginas da verdade,
Tudo o que existe e não tem fim,
Fortalece a doce saudade,
Beijo da Eternidade em mim."

... :)

bjinhos boa semana*

Aprendiz de Viajante disse...

Ler estes poemas é quase entrar noutra dimensão... que bonito! Fazes voar...

Obrigada pelo comentário deixado no meu blog...

Foi um prazer descobrir-te.

Um bjo