sábado, novembro 17, 2007

Fada do Tempo

Desvendei-te na friagem da noite, quando as asas se quebraram de tanto sobrevoar as lacunas veladas no Mundo. Amainaste os vendavais que pareciam infindáveis e aconchegaste-me no regaço, onde ainda teimo em repousar. Transfiguraste-me… Inverteste a dolência de um anjo enfadonho, emancipando-o com o alento que transborda de ti…
Talvez sejas dona do tempo e saibas inverter sortilégios… De que terno sonho vieste? De que eterno conto surgiste?
Insurgiste-te nos nefastos pesadelos, que me corroíam inexoravelmente, cobrindo-me com um invólucro feérico. Cristalizaste o tempo no meu âmago estrógeno e ofereceste-me hipérboles, metonímias e metáforas sem fim. Com as tuas asas, sou dono do céu… De que noite irrompi? De que sonho renasci? Talvez de ti, Fada do Tempo…

Obrigado, Mãe…

1 comentário:

zteanpgarhlitlhma disse...

Parti à procura da minha mãe quando ela saltou do nosso telhado para um mundo sem fim. Fê-lo de olhos vendados e temo que não consiga achar o caminho de volta. Poderias tu, tão cheio de emoções, ajudar-me?
Por favor visita o meu telhado em www.acriticadarazaopura.blogspot.com
A história tem um começo e só por ele poderás entender o meu apelo...