terça-feira, janeiro 27, 2009

2 Tempos



O vento sopra de ti
À minha janela,
Despistando rumores
E sempre a tua presença
Nesta lua secreta,
Sem cupido nem seta
Quando à tua nascença,
Choraste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.

Como se o silêncio
Que repousa nas casas
Fosse apenas uma pausa
E sempre a tua presença
Nesta lua secreta,
Sem cupido nem seta
Quando à tua nascença,
Choraste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.

Pelos teus olhos, eu visse
A tua alma e os despisses
Ao curar a minha dor
Neste rumo sem rota
Ninguém sabe de si
E, no fundo, sem crença,
Ninguém nota a diferença
E tu acreditaste em mim.
Lembra-te que o amor é um mundo sem fim.

Texto de João Gil
Fotografia de João Garcia Barreto

2 comentários:

Anónimo disse...

Olha Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia

Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia
Despencar do céu
E se os pagantes exigirem biz
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

(Edu Lobo / Chico Buarque)

Anónimo disse...

Bom poema!


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO