quinta-feira, janeiro 29, 2009

Paixão - Um Momento Que Amanhece

Dois olhares que se cruzam,
Dois sorrisos que despertam,
Dois corações que se intimidam,
Duas almas que se apertam,
Duas bocas no silêncio ancoradas,
Duas almas que vacilam sem razão,
Duas metades de Lua emaranhadas,
Dois anjos cintilantes na escuridão.

Duas mãos totalmente vazias,
Duas almas cobertas por um véu,
Duas vozes que cantam todos os dias,
Dois pombos paradisíacos, donos do Céu,
Dois corações que sibilam no escuro,
Duas almas vivas na pobreza do Mundo,
Dois corações que anseiam o mesmo futuro,
Duas almas que se saciam num beijo profundo.

Um momento que amanhece
Numa palavra por dizer...
Um regaço que aquece
Um coração a tremer...

Uma mão estendida
De um vagabundo à espera
De um beijo ao adormecer
De uma dama da Primavera...

Texto de João Garcia Barreto


Um poema escrito em 2003

2 comentários:

Anónimo disse...

As ruas da minha cidade
Abriram os olhos de encanto
Para te ver passar

As pedras calaram os passos
E as casas abriram janelas
Só p'ra te ouvir cantar

Porque há muito, muito tempo
Não vinhas ao teu lugar
Ninguém sabia ao certo
Onde te procurar

Da próxima vez
Não vás
Sem deixar destino ou direcção
Se houver próxima vez
Não esqueças
Leva contigo recordação
E um beijo pendurado
Ao peito do teu coração

Quisemos saber como estavas
Se a vida tinha tomado
Bem conta de ti

Ou se a vida teve medo
E eras tu que a levava
Refugiada em ti

Cada Verão que passava
Sentiamos-te chegar
Como era possível que o Sol
Se atrevesse a brilhar

Deves trazer tantas histórias
Tantas que algumas ficaram
Caídas por aí

Outras eu tenho a certeza
O teu fogo na alma queimou
Deixaram de existir

Só queremos saber se és a mesma
Que vimos partir
Não existe mundo lá fora
Que te possa destruir

(Luis Represas)

SIR OURIQUE disse...

francamente gostei.


Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO