segunda-feira, agosto 09, 2010

Âmago Que Balança

De peito aberto, voas na cidade
a cada sombra que vês,
onde devoras o perfume lascivo
do ensejo na tez.

Beijas-me nas palavras que dizes
em cada lugar que passas
e a avenida desentedia-se na canção
do tempo que abraças.

E respiro, enquanto respiras.
E suspiro, quando suspiras.

E, na cidade cansada,
O âmago balança
e, ao ver-te, sorri.
E o corpo baila
no Mundo que dança
por ter-te aqui.

Texto de João Garcia Barreto

Muito Obrigado...

9 comentários:

Anónimo disse...

não precisas de agradecer.. estarei sempre aqui... para o quer e vier...

C.

SombrArredia disse...

Só consigo imaginar uma cidade assim ...
:)

Aluada disse...

Gostei João!
Beijinhos, Andreia

Anónimo disse...

Obrigado, amigo, obrigado por existires; e teres fé.

Abraço JH

Anónimo disse...

Engraçado escrevermos para quem nunca saberá que lhe é dirigido. Irónico ter-me cruzado com o teu olhar de águas límpidas, mais irónico ainda é ter aquela sensação que se pode escolher um amor num jogo de um-dó-li-tá, tu não ficavas livre porque eu ofuscava-te em prazer para sempre. Não peço que me percebas, porque nem eu me entendo. Não sei porque o faço, só que me sinto bem assim.
Espectacular! Escrevo para alguém que sei, mas não me sabe. Tu não me sonhas. E mesmo assim é completamente estonteante este escrever-te. Não faço questão que estejas aqui ao lado. Houve quem dissesse que todas as cartas de amor são ridículas. Mais que esta será impossível. Deve tê-lo dito para mim. Bato recordes de loucura, correndo atrás de prováveis sonhos, que não passam de nuvens agourentas, mas de muitas horas ternurentas imaginando-te. Faço tristes figuras, desfio rosários de desventuras e não há ninguém mais crente, neste desejar inconsequente. Masoquista e idiota, continuo a agrupar letras, que se unem em palavras como eu desejaria ardentemente unir-me a ti. Mas para quê? Se os possíveis comigo ficam sempre por acontecer. Se tivesse um pouco de tino apegava-te ao meu coração. Mas sabes? Não tenho coragem…
Há alturas em que simplesmente me apetecia ser transparente. Rija como uma pedra, pousada, sem preocupação no meio do teu curso. Ser acariciada por ti, enquanto ouvia o som cristalino das águas a passar. Tenho uma sede constante, um querer exigente. Tenho tanta fome de ser, que me esqueço de que sou. Há alturas em que simplesmente te queria ver, porque sei que estás aí. Sinto-te! Tão envolvente. Tão presente, meu anjo bom. E tu? O que me tentas e me fazes inquietar a querer-te deste modo. São os meus dois lados controversos. O claro e o assustador. Alturas há da minha noite, em que ardo de satisfação e me consumo, no fogo lento, pelo que não é certo.

Garcia disse...

Para "Anónimo":

Obrigado pelas sublimes palavras...

Anónimo disse...

nunca foram ditas, nem serão, mas tinham um destinatário

Garcia disse...

Para "Anónimo"

Espero que as sublimes palavras tenham alcançado o destino...

Anónimo disse...

sim