sábado, dezembro 16, 2006
Porto
Anseava-te ao som de Abrunhosa,
Quando o carro abraçou o Porto...
Pressentia-te no quarto do hotel,
Onde dormias deitada no leito morto.
Anseava-te nas ruas estreitas
Da cidade, onde faz sempre frio.
Sonhei que entravas no Majestic
Com a beleza infinita que jamais se viu...
E a tua pele divina, já despida...
E os braços de cetim sobre mim
Em plena avenida...
Quero-te aqui,
Quando se ama o Porto na tua ausência...
Anseava-te no Palácio de Cristal
Quando a chuva beijou a fonte...
Ao longe, os rabelos ancorados ao cais
E o meu olhar preso ao horizonte.
Anseava-te no barco para Afurada,
Onde trocava a cidade pela viagem
E o Porto, ao longe, mas tão perto
Por ser o deserto e tu, uma simples miragem...
João Garcia Barreto
Fotografia de Vanessa Pelerigo
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