sexta-feira, outubro 29, 2004

Tudo o que eu te dou, tu me dás a mim

Sempre que escuto esta canção, debruço-me sobre o sentido da vida. Talvez seja a acção recíproca que se estende no verso principal da canção: “Tudo o que eu te dou, tu me dás a mim...”. O que é verdade é a forma como tu me afagas neste mundo cada vez mais iníquo, oferecendo-me a essência da vida como armadura para me sentir salvaguardado. Resta-me, assim, manifestar o meu profundo agradecimento, oferecendo-te o tempo evanescente, mas paradoxalmente invertido em forma de eternidade.
E é importante a reciprocidade dos sentimentos no meio envolvente... Hoje, a reciprocidade dos sentimentos extingue-se fugazmente, enquanto que o Mundo se esquece que é nas suas lacunas que ela perdura. Indago em cada lacuna do Mundo o amor espalhado por algum Messias redentor. Sigo sozinho o meu caminho, escutando a toada que sibila dentro de mim, cuja melodia é longa e serena.
Neste antro de promiscuidade, a ínfima coisa com idoneidade de transfigurar o tempo é o que existe em ti e que te corrobora - a indulgência.
Confesso-te que o teu jeito angelical é mágico... Colocas a Lua nas noites escuras para que ilumine os trilhos já traçados. Em dias pardacentos, surges na bruma como se fosses D.Sebastião... E o único modo de te agradecer é ser recíproco... Nasci no peito de amor de um rei... Sempre terás tudo aquilo que me ofereceste...

Obrigado, Pai.

3 comentários:

pedro barros disse...

A reciprocidade no Amor é um acto heróico...

Anónimo disse...

Obrigado,filho.
VB.

Anónimo disse...

E basta...

Folha_em_Branco