quinta-feira, abril 14, 2005

Texto Breve

Mais uma vez, encontro-me, aqui, refugiado no silêncio... No dia transacto, calcorreei pelo Chiado, indagando a magia esotérica de Lisboa. Confesso que já sentia saudades do Fado oriundo dos ecos da guitarra portuguesa reproduzidos pelo equipamento sonoro do veículo antigo e estagnado em plena calçada que aglutina o Rossio ao Chiado.
Dentro da FNAC, dirigi-me à secção dos livros, onde passei longos minutos a folhear os prefácios ou os exórdios das novas obras de autores portugueses e os songbooks de alguns artistas nacionais. De seguida, visitei a secção dos discos portugueses, onde se destacava o novo trabalho de João Pedro Pais. Após uma escuta activa do projecto, constatei que o quarto álbum de originais do ex-concorrente do programa televisivo de uma entidade privada mantém-se pejado de verborreias, apenas corroborado de melodias e harmonias bem coadunadas. Na mesma secção, destacava-se também o projecto "Humanos" composto pela simbiose entre David Fonseca, Camané e Manuela Azevedo, onde tive o apanágio de escutar os temas sublimes do desmesurado e perene compositor, António Rodrigues Ribeiro.
Contudo, este testemunho que deixo neste espaço torna-se relevante para salientar que a Arte continua a ser assaz onerosa, já que nem todos os indíviduos poderão consumir o que bom se cria em Portugal.

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