domingo, janeiro 22, 2006

Advogo

Advogo a filantropia,
Não ignoro a caducidade.
Observo o Mundo de noite e de dia
E vejo sempre a claridade.

Não advogo a retórica,
Nada é objecto de persuação.
A política é alérgica à filosofia,
É uma plutocracia sem razão,
Uma demagogia que pantomina
Numa sociedade sem propensão…

Advogo o teu ser,
A tua luz que me ilumina,
A tua arte escondida
Numa quimera genuína…

Advogo o que existe
Na tua mente que incita
O amor que se esconde
Na tua alma inaudita.

Advogo a candura do vento,
Que bafeja o que não é banal,
Nasce nos confins da Utopia,
Suaviza a cegueira infernal
E traça a linha longa do horizonte
Na plenitude do pantanal...

João Garcia Barreto

Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores

Sem comentários: