domingo, janeiro 01, 2006

Alma Perene

Desvendei-te nos montes que percorri,
Onde entoava o som eterno da poesia.
Entrizavas-te nas montanhas
De braços estendidos, desafiando a invernia.

Quanto te avistei nas avenidas desertas
Que percorria num sopro nevado,
Logo se fulgiu numa cálida melodia,
A magia que transporto para todo o lado.

E quando te pressenti nas lacunas da cidade,
Desemboquei num grito desenfreado,
Invertendo a efémera melancolia
No alento de um anjo emancipado.

Desvendei-te nas miragens do deserto,
Onde soavam acordes distorcidos,
Descolei da prisão do ignóbil medo,
Que, de mim, transbordava e melindrava os sentidos.

João Garcia Barreto

Canção registada na Sociedade Portuguesa de Autores

2 comentários:

pedro barros disse...

Olá João!

Espero que transportes sempre essa magia para todo o lado.


Que tenhas um ano cheio de conretizações.

Cumprimentos
Pedro Barros

sombra_arredia disse...

Falaste em "sopro" e eu tive que vir soprar neste espaço que há já algum tempo não visitava...

....

João,continua a embelezar-nos os dias com a tua poesia, que de tão colorida que é,consegue pincelar de cores o nosso olhar :)